sábado, 28 de julho de 2007

"Só por ti morreria alegremente"


Eu, “autor anónimo”, me confesso! Arrependo-me e cumpro já penitência, ferido por certeiras balas disparadas contra a minha condição de anónimo. Que me perdoem por vos ter servido uma história tão irreal, ao arrepio das mais básicas regras literárias, gramaticais e outras.
Que as recordações existem não duvidem, tive essa condição de aluno do Externato, perdi-a largos anos atrás, não perdi contudo a vontade que então tinha de brincar, de rir, de estar no meio de vós, da mesma forma como sempre o fiz – sem que me notassem.
Agora, que todos os meus personagens ficaram felizes com os seu reencontros, posso despir as vestes do anonimato apenas e só para que outros nelas se não possam camuflar.
Das minhas histórias apenas o contexto foi real, tudo o resto pura ficção, daí que vos possa garantir que os meus personagens morrem aqui sem ferimentos ou ressentimentos e assim descansarão num sono profundo sem que tenham que voltar para assombrar quem quer que seja.
Assumo agora ter escrito:
Quarta-feira, 20 de Junho de 2007 – Reviver histórias de amor...
Quinta-feira, 28 de Junho de 2007 – Afinal eu sou AQUELA!
Sexta-feira, 13 de Julho de 2007 – Onde é que isto vai parar II
Segunda-feira, 16 de Julho de 2007 – A saga continua!
Peço a todos desculpa pelo incómodo, em especial à administração do blog pelo trabalho de publicação e pela responsabilidade que assumiram ao publicarem material anónimo.
Um abraço
Zé Ribeiro (Voltarei!!)
PS: Não pensem que não sinto remorsos por ter matado a Nandine. É verdade que sinto, tanto mais que encontrei no seu espólio alguns pedaços da sua amargurada vida, dispersos entre textos e poemas. Assim não resisto a mostrar-vos um, ainda do período em que esteve em Braga:
"Só por ti morreria alegremente"
Só por ti morreria alegremente
A Deus felicidade eu pediria
Ao ter-te em meus braços um só dia
Por amor viveria eternamente
Infindável mistério recorrente
Por timidez, inglória nostalgia,
Cegos mudos, sem fé, por ironia
Anónimos seremos tão somente
Esvai-se minha vida empobrecida
Da fortuna deserdada sem perdão
Pungente de dor a alma já vencida
Senhor ouve meu pranto em oração!
Renova minha esperança já perdida
Devolve-me ao amor e à paixão.
(Nandine)
Quem ficou muito feliz, com o final da novela, foi o seu apaixonado (e de outras!!) pois já não precisa de confessar quantos bilhetes lilases escreveu afinal naquele período, enquanto aluno do Externato.

Zé Ribeiro
Nota da Administração do blog: para quem visita pela primeira vez este espaço, aconselha-se a leitura atenta do histórico. O TEU nome pode andar por aí, nos mais recônditos comentários...