sexta-feira, 29 de junho de 2007

Hino alternativo


O Zé Ribeiro está com uma crise de saudosismo ...agora virou "puto reguila" e quer o hino alternativo do colégio! Ó Zé, só nos falta que queiras que as meninas apareçam de bata!!:)

"É sempre bom reler o Hino do Colégio, tantas vezes por nós cantado, mas também não é justo deixarmos cair no esquecimento o hino alternativo. Alguem consegue transcrevê-lo?

Zé Ribeiro"


Imaginem uns cotas como nós cantando descaradamente:

Lançados na vida
que é mar tenebroso
pedimos ajuda
ao Dr. Cardoso..."

(Não me atrevo a mais. Se alguém souber o resto...mandem, para dar de presente ao Zé!)

A Comissão Organizadora
Nota da Administração do blog: para quem visita pela primeira vez este espaço, aconselha-se a leitura atenta do histórico. O TEU nome pode andar por aí, nos mais recônditos comentários...

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Palpites do Jaulino


Em resposta à mensagem "Até que enfim, Zé Manel", o Jaulino alvitrou:


"Espero que me desculpem se não acertar: Estive por longe muito tempo e posso estar com a mira descalibrada, mas, para mim trata-se, da esquerda para a direita (como " A Bola" dizia antigamente):Zé Manel e Fernando Riberiro Marques. Jaulino ".


Jaulino: ganhaste metade do prémio (que ainda não sabemos qual será, porque a Jesulinda tem ganho tantos que isto está a ficar dispendioso!), já que só acertaste em metade da resposta. É de facto o Zé Manel...mas o outro não é o Fernando Marques. Terás que fazer nova tentativa, talvez "calibrando melhor a mira"! Nós aguardamos...Abraços

A Comissão Organizadora
Nota da Administração do blog: para quem visita pela primeira vez este espaço, aconselha-se a leitura atenta do histórico. O TEU nome pode andar por aí, nos mais recônditos comentários...

Para ler com lágrimas nos olhos...

Confessamo-nos comovidas perante a mensagem que recebemos hoje para publicar no blog. Correcção: não sabemos se era para publicar, mas seguindo o princípio que adoptámos em relação ao texto "Reviver histórias de amor...", creio que não seria justo privar o nosso "público"da resposta DA PRÓPRIA!
As palavras, em casos como este, são supérfluas. As nossas, claro! As dos dois intervenientes , reveladoras de sentimentos tão profundos, só merece da nossa parte palavras de encorajamento: porquê esperar até ao próximo convívio??? Histórias destas não são para adiar por mais tempo... "Carpe Diem", caros colegas.
Amigos, mesmo que a festa do próximo ano seja um fiasco, temos a certeza que todos fazem eco da nossa conclusão, única possível neste momento: já valeu a pena a iniciativa de criar o blog!
Não sabemos quem são os "anónimos" e entendemos perfeitamente o anonimato. O blog declara-se, aqui e agora, absolutamente solidário com ambos e disponível para acarinhar a vossa história. Façam um favor a vocês próprios: sejam felizes!!!
Para a "própria, a que está longe, a que nada mais soube dele", fica aqui um recado: estamos ao teu dispôr para procurar mais informações, e sabemos o suficiente da vida para te podermos garantir a mais absoluta confidencialidade. Nada do que enviares para o mail será dado a conhecer sem que expressamente o autorizes. Confia...

Deliciem-se com a leitura da próxima mensagem...continuação da "Reviver histórias de amor..."


A Comissão Organizadora
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Afinal eu sou AQUELA!



Como poderia eu adivinhar que, após seguir aquele atalho da newsletter Ansião News, "Ex alunos do Externato Soares Barbosa comemoram encontro com o lançamento de blog" ficaria tão vulnerável às recordações do meu passado enquanto aluna do Externato. Devorei com sofreguidão todos os vossos textos e mensagens, deliciei-me com as mudanças que o tempo operou nos vossos rostos, chorei lágrimas sobre lágrimas …ainda choro…EU recordo e revejo-me nesse texto anónimo, afinal eu sou AQUELA!Sabem que eu ainda tenho o tal inquérito?! Logo que o encontrei, folheei-o avidamente e lá estava aquele bilhete de cor lilás, tão intenso de conteúdo que ainda me surpreende como é que nós conseguimos viver até hoje sem que tenhamos alicerçado uma relação de permanência ao lado um do outro.Terá passado quase meio século, contudo continuo a vê-LO, sem nunca mais O ter visto, transporto recordações como a do dia em que foi transferido para a terceira voz, na aula de Canto Coral e de como me olhava fixamente enquanto cantávamos “Os sinos da nossa aldeia têm poesia e têm paixão”. E aquela tarde em que simplesmente faltámos às aulas e fomos juntos passear para o campo de futebol da mata! Eram estes pequenos momentos e aqueles beijos de fugida que faziam correr os dias e sem que déssemos por isso estávamos no quinto ano, com os exames pela frente, naquela maravilhosa semana em Coimbra onde por fim tudo foi mais intenso.Nunca dei importância a essas diferenças de status de que Ele fala, o meu pai sim, soube desta paixão e tentou por todos os meios terminá-la. Enviou-me para bem longe, rodeou-me de enormes restrições e fiquei cada vez mais privada do contacto com ELE e duma certa forma com todos vós.Hoje sou uma mulher independente, que não partilha refeições e vive com a Solidão num apartamento de terceiro andar de um luxuoso subúrbio de uma grande cidade europeia, porventura envolta em demasiadas responsabilidades profissionais, cocktail alternativo à notória incapacidade de se voltar a apaixonar. Alguém me disse que isso só seria possível após o desinvestimento numa anterior paixão, o que nunca aconteceu ainda. “A vida separou-nos mas não conseguiu matar este amor!” eu acrescentaria que dificilmente conseguirá! Ao Externato, além do serviço prestado na nossa formação, devemos o nosso encontro, por que não esperar que o mesmo, ainda que demolido, mas vivo na nossa recordação, nos faça reencontrar?Sei que não é muito elegante escrever anonimamente, pela minha parte nem vejo qualquer razão para o fazer, mas não gostaria de provocar algum constrangimento, afinal, embora tenha tentado, nada mais sei DELE além do que aqui li.Beijinhos para todos vós e fiquem certos que tudo farei para estar presente na próxima edição do Convívio. Vou continuar a visitar o blog, achei uma ideia estupenda, continuem a cuidar dele pois é muito importante para quem como eu está longe.
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terça-feira, 26 de junho de 2007

Até que enfim, Zé Manel!!!!!!!!!


O prometido é devido!
Como tal, em primeiro lugar visitei o blog e depois, eis-me a escrever algo(de útil, espero).
Antes de mais, parabéns à Nídia pela feliz iniciativa.Que a ideia frutifique e sirva para que cada vez mais antigos alunos do EASB de Ansião, compareçam aos agradáveis convívios, de livre e espontânea vontade, sem fazerem frete. Todos juntos não seremos demais!

Já agora, aproveito a oportunidade para lançar um duplo desafio: quem são os personagens das duas fotografias com que vos presenteio? Vá lá, parece difícil, mas não, é fácil! Numa delas, basta relembrar Frei Luís de Sousa e a emblemática expressão "Quem és tu romeiro?"; quanto à outra deixo uma dica descodificadora: corria o ano lectivo de 1972/73 e foi tirada no decurso de uma "Viagem de Estudo" ao Senhor do Bonfim, em Ansião.É óbvio que se trata de dois jovens estudantes (muito jovens mesmo).Saudações e até breve!

Zé Manel (pr'ós amigos!!)
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Então?????


Parece que os Santos Populares andam a ocupar muita gente...
Esqueceram-se de nós? :(
Assim...desanimamos. Olhem só para a nossa carita de tristeza.

Vá lá...animem-se! E não deixem que nós desanimemos.
Abraços e beijos da



Comissão Organizadora
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domingo, 24 de junho de 2007

Parabéns a você....


Ponto 1- Uma vez mais a Jesulinda acertou (pelos vistos vai ganhar os prémios todos e é bem feita, já que mais ninguém arrisca!): é a Isabel Valente. Creio que nunca veio a nenhum encontro (ou estarei enganada?), mas de uma coisa tenho certeza: o convite foi enviado... Quem sabe se no próximo ano não vamos conseguir trazê-la?

Ponto 2- O Simões enviou a seguinte mensagem:


"Hoje faz anos o João Batista.Quem sabe destas coisas é a Manuela Franco que decora estes dias todos. Por isso aqui vai um abraço a esse amigo, para mim mais conhecido no tempo do Xaranga Pop Five. ASimoes"


Ai faz????Então...se o Maomé não vai à montanha, vai a montanha ao Maomé: cantemos os parabéns ao João Baptista. Vá lá, Simões, tu tocas e a gente canta...


Parabéns a você
nesta data querida
muitas felicidades
muitos anos de vida.


Hoje é dia de festa
cantam as nossas almas
para o João baptista
uma salva de palmas!!!!

A propósito: falta-nos o endereço electrónico da Manuela Franco... Abraços também para ela, e um pedido: entra na dança, Nelita! Escreve-nos, manda fotografias, dá notícias!


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E esta quem é???


Cá está mais uma cara conhecida, pelo menos de quem frequentou os últimos anos do Externato. É mais uma das que não tem recebido convite para o Convívio anual, por não ter a morada actualizada. Quem é ela??? Isso mesmo...é a.......... Força aí, malta, digam o nome da moçoila!

Bom fim-se-samana, e continuem a dar notícias!!!
Inté



A Comissão Organizadora
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sábado, 23 de junho de 2007

Histórias...


Parece que está a pegar moda contar histórias por aqui. Também eu entro na onda.
Histórias de amor, quem as não viveu no EASB? Era a idade em que as hormonas, essas safadas, começam a despertar, e mesmo em Ansião, no recato forçado do Externato, vigiado e imposto pela Sra Maria José e depois pela Sra Maria da Sarzedela, a natureza fazia das suas…
No nosso pequeno mundo, como em qualquer outra escola, vivia-se o delicioso ambiente das paixões, dos olhares, uns tímidos, alguns mais atrevidos, todos eles, porém, absolutamente impregnados da ingenuidade própria da adolescência.
Os amores! Também eu os lá vivi, claro! Mas não pensem que é sobre eles a história que hoje trago à lembrança de alguns.
Corria o ano de 72/73, e, naquela sala que muitos consideravam a sala das torturas, ao cimo das escadas à direita, uma catraia de bata azul transpirava, colada ao quadro, pau de giz na mão, tentando desesperadamente que o milagre se desse e do céu caísse a resposta que o professor lhe pedia.
Os minutos sucediam-se, pesados e dolorosos. Que diabo! Se o castigo estava garantido, porquê prolongar a agonia? Tome lá as mãos, s’tor, saque lá da régua, descarregue aqui e deixe-me ir chorar mansinho a minha total ignorância sobre a matéria!
Qual quê! O castigo caíu bem mais pesado que umas tantas reguadas. Para espanto e total desânimo da catraia, a D. Noémia (assim chamávamos à palmatória, lembram-se?) não actuou. Em vez dela, uma folha de papel A4, que ainda hoje se me afigura descomunalmente enorme, assustadora, foi colada nas minhas costas, e com ela tive que aguentar todo o dia, para minha total humilhação: “A Nídia não sabe a propriedade comutativa da multiplicação”.
Acho que foi nesse dia que decidi que não queria saber nem daquela nem de qualquer outra propriedade de coisa nenhuma, e resolvi estudar Francês…
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sexta-feira, 22 de junho de 2007

Olá Fernanda!

Olá Fernanda!
Se é como dizes, não nos encontrámos mesmo no Colégio.Tens mais irmãs? Não serão vocês as "manas" da Mouta Redonda que o Fernando Alberto refere no seu comentário? Tens algum irmão a viver em Lisboa?
Desculpa estas perguntas mas,em conversas telefónicas com outras pessoas, inclusivé com a minha irmã Armanda, fui informada da existência de um colega "Afonso" que vive actualmente em Lisboa e que teria andado com ela no Colégio. Pensei que poderia ser teu irmão...Do teu tio, só me lembro de ouvir falar, não cheguei a conheciê-lo, conheço bem é o filho dele mais novo, o Luis Lucas.
O João Furtado que referes,vejo-o frequentemente em Pousaflores ou em Ansião. Sei que é professor e que mora no Norte do País(não me lembro do nome da terra).Se o João foi do teu ano, também foi o Zé Ribeiro,a Rosária da Portela,a Fernanda Marques do Pobral, a Graciela da Pedra do Ouro...e outros mais.O nosso objectivo é tentar reuni-los todos, o que se torna díficil se não houver colaboração de alguns.Beijinhos.
Jesulinda
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quinta-feira, 21 de junho de 2007

Lindo!

Contem histórias. Vá lá! Contem histórias!
De amor, de amizade, aventuras de outros tempos que nos fazem sentir solidários e amigos.
Contem histórias....


A Comissão Organizadora

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quarta-feira, 20 de junho de 2007

Reviver histórias de amor...


Queridos colegas

Impõe-se que façamos aqui um esclarecimento prévio acerca do texto que se segue. Por questões que decerto entenderão, adoptamos como princípio não tornar públicos textos que não sejam assinados. Há no entanto situações que nos fazem vacilar.
Hoje recebemos, como comentário a um post anterior, o relato de uma belíssima história de amor, dos tempos do Externato...infelizmente anónima. Depois de muito "matutarmos" sobre o assunto, achámos que há coisas que não devem ser "escondidas". Pelo carácter estético e pela carga emotiva do texto em referência, decidimos abrir uma excepção. Deliciem-se com com a história que se segue...e tentemos (indiscretamente!) descobrir o autor.

A Comissão Organizadora

"Ali estava eu, para mais um dia, da minha condição de aluno do “Colégio”. No chão, a meus pés, repousava uma pasta, meio rasgada, repleta de livros, alguns deles herança do meu irmão mais velho que, tão heroicamente, os havia abandonado para se dedicar ao negócio imobiliário.
Eu sabia, por ele, que o meu pai tinha para mim outros planos, a minha compleição física recomendava que eu seguisse estudos. Pendurada no ombro a sacola do almoço libertava mornos vapores que me lembravam o esforço matinal de minha mãe na sua confecção. Era assim todos os dias, chamava-me bem cedo para que me levantasse a tempo de completar os trabalhos de casa, já que na véspera após regressar do Colégio tinha de guardar as ovelhas, pôr a ceia à mula e abastecer de água as galinhas. Deixava-me aquele candeeiro de luz trémula, de vidro a petróleo, e ia organizar os almoços, nomeadamente o meu, que acondicionava numa lancheira e cuidadosamente embrulhava em papel de jornal para que se conservasse quente.
Enquanto a minha mãe cozinhava eu, afincadamente, entusiasmava-me na compilação dos apontamentos de Ciências que a Mané nos ditava ou lia atentamente aquele compêndio de História sobre o qual o Serrado nos questionava, talvez tentasse resolver algumas equações matemáticas ou conjugar mais um verbo em Francês.Enquanto isso reconhecia pelo odor aquelas batatas de palito, fritas em azeite grosso e fazia apostas comigo próprio que seriam acompanhadas de ovo estrelado.
Chegava já a última carrinha com alunos, as aulas começariam em breve, num gesto rápido, com as unhas, aliviava um pouco uma súbita comichão capilar, os dedos encardidos passeavam-se por entre o cabelo tentando alisar aquele jeito que havia ficado do travesseiro entumecido pelo seu recheio de camisas de milho.
Ainda tinha de passar pela cantina improvisada numa velha cozinha anexa ao edifício principal, deixar a sacola do almoço e dirigir-me para a sala de aula. Contraditórios eram os sentimentos de afirmação e de medo que transportava, sentia-me um homem, deliciava-me com a presença das colegas, mas um medo enorme apoderava-se de mim, não sei dizer se devido à complexidade da Matemática se à atitude do meu professor. Certo era que eu caminhava receoso em direcção às escadas que me levariam ao piso superior, logo após aquele corredor se tornava demasiado curto, e já tínhamos entrado…
Agradável era pensar que após o martírio da aula de matemática poderíamos jogar à barra, ao prego ou saltar ao eixo, enquanto dizíamos aquela lengalenga “1 - um por um “ “2 – dois bois” “ 3 – três Maria Inês”…preenchendo com a nossa juventude todo aquele recreio de terra batida murado com pedra. Nessa altura já desfrutava de permissão para frequentar o recreio dos “adultos”, protegia inclusive um “bicho” que com os outros evoluía numa parte a eles reservada, junto a um velho poço, onde resistia uma figueira de figos bem carnudos.
Naquele dia, porém, a vontade de brincar era pouca e sentado num dos bancos de pedra que existia cavado no muro circundante ao recreio, estrategicamente colocado relativamente à cobertura do ginásio vi-A subitamente aparecer. ELA quedou-se os instantes suficientes para que eu num gesto quase automático lhe enviasse um beijo soprado da ponta dos dedos. Com a mesma leveza com que aparecera assim desapareceu, não sem antes me acenar às escondidas das colegas, soltando uma sonora risada envolveu-se de novo em brincadeiras ocultadas pelo muro envolvente do seu recreio elevado.
Perturbado, apenas me assaltavam ideias para lhe revelar este amor que fazia tempo transportava comigo em silêncio e em segredo. Estava deveras apaixonado e a situação angustiava-me de forma insustentável requerendo uma atitude, contudo todas as hipóteses eram facilmente rebatidas por obstáculos criados pela minha inexperiência e pela minha timidez.
Falar-lhe poderia comprometer tudo, as colegas iam “gozar” e ela afastar-se-ia, afinal eu não era mais que um miúdo da aldeia, que vestia roupas escolhidas pelos pais, feitas em alfaiate e que ainda usava botas de sola de pneu feitas num daqueles dias em que o sapateiro vinha a casa fabricar o calçado para toda a gente. O pronto-a-vestir e a sapataria apenas se tornariam familiares para mim bastante mais tarde… ELA “menina da vila” tão candidamente vestida, penteada ao jeito de cantora da rádio e televisão não poderia pela certa corresponder-me nesse amor que teimosamente me fazia depender cada vez mais do SEU olhar do Seu sorriso e da SUA atenção.Era moda, nessa altura, utilizar nas pastas de arquivo, umas folhas coloridas que, o Sr. Zé Henriques, sempre atento aos gostos da juventude, nos fornecia. Uma delas, de cor lilás, foi a solução por mim encontrada, sobre ela escrevi tudo o que se me afigurava convincente do meu amor por ELA e onde A questionava sobre a oportunidade de falarmos. Faltava agora encontrar uma situação para lhe entregar este bilhete sem lhe criar embaraços. Só mais tarde soube que quando naquele inicio de aula, antes da chegada do Silveira, se me dirigiu já o fazia porque também ela se sentia curiosa relativamente a um sentimento que nela despontava. Foi aí que me entregou o seu “Inquérito” e pediu para eu responder.
No dia seguinte, do qual ainda hoje recordo a data, ao entregar-lhe o inquérito preenchido, consegui dizer-lhe meio em surdina que o tal bilhete estava no interior. Horas difíceis se seguiram, a curiosidade e o desejo de descobrir num pequeno sinal ou num olhar que não estava magoada com a minha ousadia como que me estrangulavam, o tal nó na garganta lá estava presente e quase não almocei. O pão de meio quilo, acabado de comprar na padaria da entrada da vila, e o bacalhau frito que tinha trazido de casa, ainda haveriam de ser o meu lanche no regresso, para evitar um desgosto ou pelo menos uma preocupação à minha mãe.
No período da tarde tivemos uma aula de Francês naquela salinha ao fundo do palco e no Ginásio em frente logo de seguida teríamos uma “aula de estudo”.
Por acaso ou por vontade conjunta fomos os últimos a sair da sala. Já se ouvia o Sr. Alberto a pedir silêncio, provavelmente a escrever silêncio só com “esses” naquele pequeno quadro que ali existia à direita quando se entrava. E foi lá naquela salinha que demos o nosso primeiro beijo, para mim um beijo maior que o mundo, um beijo que continua a queimar-me os lábios, um beijo que me faz voltar quase todos os anos a este encontro na esperança de que também ELA venha.
A vida separou-nos mas não conseguiu matar este amor!
Nota da Administração do blog: para quem visita pela primeira vez este espaço, aconselha-se a leitura atenta do histórico. O TEU nome pode andar por aí, nos mais recônditos comentários...

terça-feira, 19 de junho de 2007

Desculpas...da Jesulinda para o Patrício


Imperdoável…..!!! É assim que eu considero a minha atitude, por não me ter lembrado do Patrício quando referi os antigos alunos de Lisboinha.Não é para me redimir mas, digo-te com sinceridade que, sempre que entro neste blog lembro-me de ti, e sabes porquê?.... Estou sempre esperançada que nos surpreendas com os teus comentários e com as tuas” histórias”.
Por falar em história, vou contar-te uma muito real. É pena não haver filme ou outro tipo de registo…. Então cá vai:
A acção passa-se no Externato António Soares Barbosa de Ansião. As meninas, no andar de cima, saem pela porta e entram no ginásio. Debruçam-se no muro para o pátio dos rapazes, logo ali à saída da porta, e que vêem elas? Na porta da cozinha, está permanentemente o João Patrício com o seu livro de “história” debaixo do braço.Tem sempre algo simpático para dizer às meninas …….,
depois palmilha todo o Colégio com o livro de história debaixo do braço,
depois conversa com os colegas com o livro de história debaixo do braço,
depois assiste aos jogos de futebol com o livro de história debaixo do braço.
Patrício, tu nunca largava esse livro de história!Afinal que é feito desse livro de história?
Esse livro contém uma história!
Esse livro é uma história!
Esse livro faz parte da tua história!
Esse livro faz parte da história do Colégio!
Esse livro faz parte da história de todos nós que convivemos contigo nesses anos!E, esta era a minha História!Afinal, o que fazes na vida? És historiador?Vá lá, arranja um tempinho para estares connosco…Beijinhos.


Jesulinda

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Ganhou a Jesulinda (duplamente)!

"É a Fátima Duarte!!!!!!!!!!Desta vez não me enganei no nome, tenho a certeza!Há dias, ao comentar a foto de grupo onde aparecias, chamei-te "Fátima Coutinho".Peço desculpa!No momento não me lembrei do apelido "Duarte" e então comecei a pensar, a pensar...Nem calculas o racíocinio que eu fiz...Um dia conto-te!Sentimos a tua falta no almoço!As melhoras!Beijinhos.
Esse rapazinho que aparece na foto parecendo "actor de cinema" chama-se Silvestre. Não o tenho visto!Qual é o prémio por adivinhar esta? Esta foto também merece!Fico à espera do prémio.
Jesulinda "
Pois é, Jesulinda, é o Silvestre. O prémio é o mesmo: tentar trazê-lo, embora em relação a este seja mais difícil, já que não sabemos o contacto. Aproveitamos para apelar: alguém sabe como encontrar o Silvestre? Please...contactem-nos, ou contactem-no!
A Comissão Organizadora

Relembrando o passado





Já que o objectivo é recordar, vamos lá ver quem reconhece esta "carinha laroca".

Muitos de nós já a viram em anteriores convívios anuais (embora não tantos como desejaríamos), não é uma das desaparecidas, nem está em lugar incerto. Puxem pela memória.
O prémio para quem acertar, é a nossa garantia de que tudo faremos para a trazer cá no próximo ano.

Beijinhos da
Comissão Organizadora

P.S. Continuamos à espera que nos enviem fotografias....

domingo, 17 de junho de 2007

Toma lá a resposta!




Vejam bem queridos colegas
o que diz o Zé Ribeiro,
a fugir-lhe o pé para a dança
com este seu ar matreiro!
A este apelo com rima,
deixar de corresponder,
não acredito que alguém
seja capaz de fazer.
Aproveitando o motejo
e p'ra reforçar o fado,
também eu aqui pergunto:
onde anda o Abalroado?
De vista também perdi
o Arlindo do casal,
a Paula Lobato, a Lurdes,
onde anda esse pessoal?
O Silvestrse, sabem dele?
E o Jorge de Lisboinha?
(cala-te aí, Jesulinda
dispensa-se a piadinha!)
Que é da Isaurinda Lucas?
Onde anda o João Baptista?
Todos fazem aqui falta
pr'acompanhar o fadista!
A música é garantida,
disso não tenham receio:
acompanha o nosso Zé
o amigo Afonso Feio.
Que ninguém fique de fora
com uma deixa como esta.
pr'o ano cá vos esperamos
p'ra fazer a grande festa!


A Comissão Organizadora

APELO COM RIMA (grande Zé Ribeiro!!)


Vamos lá fazer a festa,
Revisitar o passado,
Avaliar o que resta,
Escrever um novo fado.

“Mais calor menos pressão!”
Geografia com história!
Assim me vem à memória,
O que aprendi em lição!
Nesta breve introdução,
Tão inocente e modesta,
Eu peço de forma honesta:
No calor da companhia,
Sem pressão do dia a dia,
Vamos lá fazer a festa.

Eu sei que o tempo é pouco,
Que a vida se complica,
Se pobre pode ser rica!
Podem chamar-me de louco,
Eu grito até ficar rouco,
Quero estar acompanhado,
Desde o Abel ao Furtado,
Da Paula à Graciela,
Numa viagem tão bela,
Revisitar o passado.

Fui colega do Paulista,
Amigo do Antonino,
Do Leonel, do Menino!
Ainda que eu não insista,
Tenho a imagem na vista,
Com aroma de giesta,
A”mata”, essa floresta,
Era a nossa liberdade!
Voltemos a essa idade,
Avaliar o que resta.

Da Fernanda e da Suzete
Nada vos posso contar,
Da Rosária ouço falar,
Perdi o rasto à Odete!
A Natércia onde se mete?
Sabem do Abalroado?
Onde antes era o Melado,
Eu fico à vossa espera,
Quero, recordar como era,
Escrever um novo fado!
17/06/07
Zé Ribeiro

Fala a Jesulinda outra vez!!!


Olá Fernanda!O teu nome não me é de todo estranho, mas não me lembro de ti.O ano que referes, 1967/1968 foi o ano da tua entrada ou da tua saída do Colégio? Eu entrei no ano 1968/69.Por acaso não és familiar da Manuela e da Isaurinda Lucas Afonso?Não te lembras do nome de nenhum colega da tua turma? Vê se te lembras e dá mais sinais de vidaBeijinhos.


Jesulinda

Comprem óculos para a Jesulinda!!

Ó cegueta!!! A que está ao lado da Assunção é a Silvina da Sarzedela, e ao lado dela está a Maria de Almoster. E a que está lá ao fundo, amuada, quem é? A propósito, a Fátima não é Coutinho, é Duarte, e só não veio este ano porque teve um acidente de trabalho, caíu e na escola, partiu um braço, teve que ser operada, etc,etc. Daqui vai um grande abraço para ela, e os desejos de rápidas melhoras!
Abraços para todos/todas
A Comissão Organizadora

sábado, 16 de junho de 2007

Bem-vindo, Fernando Alberto!

"Vivam todos!
Obrigado ao Hélder por me ter posto ao corrente. Parabéns pela iniciativa. Nós, AsAs do EASB vamos mantê-la viva. Se, participada pelas diferentes gerações, melhor ainda. A fotografia abaixo faz-me lembrar os jogos de "ring"? – era assim que se chamava? – que as raparigas, (entre si, claro), disputavam ali naquele terraço por cima do ginásio, enquanto nós, os rapazes, cá em baixo no recreio jogávamos à bola e ansiávamos que "ele" caísse, para, em corrida, o disputarmos e devolvermos… "à" do nosso coração…
Era assim, naqueles tempos da década de sessenta! Ainda as batas delas, eram pretas... De Lisboinha, no primeiro ano, íamos na nova carrinha (volkswagen a gasolina) do Externato:o Adriano, o Zé, a Fernanda e a Filomena; juntavam-se-nos a Quitas do Pobral, as manas da Mouta Redonda mais as das Ferrarias, completando a carrada, que o Sr.Manuel Simões conduzia, todos os outros de Chão de Couce e da Pedra do Ouro…Estaríamos por volta de sessenta e um, do século passado… Outros se seguiram e outras estórias. Beijos e abraços.
fA." (Fernando Alberto)

Fala a Jesulinda...


Olá gente! Eu lembro-me desse nome "Jorge" de Lisboinha, não me lembro bem da fisionomia mas lembro-me,isso sim,que houve alguém que teve uma "paixonite" por ele. Quem seria? Quem seria?.......Eu não fui!De lisboinha lembro-me do Humberto Silva, do Fernando Alberto, da Fernandita do Fernando Manuel...Agora não me lembro de mais, desculpem os outros. Será que nenhum destes conhece este blog e queira fornecer informações sobre o "Jorge"?O Fernando Alberto, a Fernandita e o Fernando Manuel já marcaram presença nestes almoços convívios. Vamos lá procurar o Jorge!

Beijinhos


Jesulinda

Elas eram assim...



...hoje são muito melhores!!!!
Reconhecem alguém? Vá lá...façam um esforço!
Corria o ano de 73/74 (ou pouco mais ou menos). Afinal nem foi assim há tanto tempo!
Bata azul, recreios separados, que essas modernices de misturar nas brincadeiras rapazes e raparigas, só chegariam...alguns meses mais tarde.

Lembram-se ou não? Pois claro, são elas mesmo! A que era boa a Matemática, a que era boa a Português, a que era boa a Inglês...Éramos todas boas em áreas distintas, por isso fazíamos uma equipa imbatível...Modestas, muito modestas!Mandem comentários dizendo se reconhecem alguém...ou se se reconhecem!

Algumas ainda vão aparecendo nos convívios anuais. Algumas NUNCA faltam e fazem de tudo um pouco para manterem vivo o espírito da equipa. Já agora, é curioso repararmos nos pequenos pormenores: esta fotografia foi tirada junto ao muro do piso por cima do ginásio, ao lado do edifício grande, como se vê na foto abaixo.
Falem connosco! Dêem-nos notícias vossas. Mandem-nos fotografias...


Abraços da

Comissão Organizadora

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Quem se lembra?


O Simões teve a gentileza de nos enviar O Hino do Externato, cuja autoria, como todos sabem, é do Dr Filipe Santos.
Acho que ele (o Simoes) também anda com umas ideias...:) Entretanto, abusivamente (desculpa lá, Simões), "roubei-lhe" uma fotografia da reprodução, em azulejo, do Externato. Matem saudades...

Para quem já anda um bocado desmemoriado ( a idade já pesa, ou talvez não), aqui vai a letra. Vão ensaiando. Quem sabe não sai daqui um coro , e já no próximo convívio apresentamos a nossa primeira "performance"?? Somos artistas pra isso, não?

Bom fim-de-semana...e dêem notícias! Cá vai o Hino:


HINO DO COLÉGIO

Lançados na vida, que é mar tenebroso,
Pedimos ajuda a nauta seguro
Aponta o caminho farol luminoso.
E assim, sem temor, coração ansioso
Vivemos um sonho dourado e puro.
Guiados pêlos mestres, irmãos devotados
Sentimos que a vida é mais proveitosa.
Saber e virtude, são bens desejados.
E a posse segura de dons tão sagrados
Virá pelo Externado Soares Barbosa.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

A Fernanda Afonso deu notícias!


Olá, amigos Ex-alunos do Externato Soares Barbosa de Ansião!
Eu também lá fui aluna no ano 1967-68. Fotos não tenho. Tenho apenas a minha caderneta de notas que passou depois para o nosso Instituto onde agora sou membro e professora: o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora cuja pag web é http://www.salesianas-por.net.
Alegro-me com a abertura do Blog e gostaria de rever os meus colegas do então 1º ano do Liceu (actual 5º ano), mas também gostaria de ver fotos do edifício que recordo e já não existe.
BEM HAJAM! Felicitações.
Ir. Maria Fernanda R. Afonso

terça-feira, 12 de junho de 2007

Alllô!!


Estamos com umas ideias....:)
Como forma de "espicaçar" o pessoal e manter o interesse no blog, estamos a pensar ir exibindo aqui algumas fotografias não só deste ano mas de anos anteriores. Uma pitadinha de veneno....

Para cameçar...vejam lá se se reconhecem.
Estejam atentos!

Beijocas

A Comissão organizadora
P.S. Se por acaso alguém quiser editar um post e não limitar-se a comentar, sugerimos que enviem para o mail "de serviço" (vamosfazerafesta@gmail.com) , que nós comprometemo-nos a colocar a postagem. Façam isso, please!!!! Não nos obriguem a exercer sozinhas tão árdua tarefa :)
Obrigada!

Vá lá.....Força!

Força! Não se acanhem! Isto está a ser gratificante! Que bom consultar o blog e ver que já tanta gente acedeu em tão pouco tempo! Apenas em três dias já reunimos cerca de 60 endereços electrónicos! Assim vale a pena.
Esta é a nossa malta!!!!
Continuem. Mandem o vosso endereço!
Abraços
A Comissão Organizadora

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Boa noite, colegas!!

Pois é, temos que confessar que estamos contentes. Não satisfeitas, porque até lá há que garantir o sucesso da iniciativa.
Para já, congratulamo-nos com a receptividade que o blog está a ter. Com apenas algumas horas de vida já temos três comentários. Agradecemos, mas olhem que este entusiasmo inicial não é suficiente!! Há muito trabalho para fazer.
Entretanto, divulguem entre os vossos contactos,e avisem que não basta deixar comentários: nós queremos endereços electrónicos!! :)
Na eventualidade de não quererem deixar aqui o endereço, por razões de privacidade perfeitamente aceitáveis, podem enviar para:
vamosfazerafesta@gmail.com .Escrevem para onde quiserem..mas escrevam. Deixem-nos o vosso contacto.
Temos já em construção a lista de contactos, por enquanto ainda não disponível para os visitantes, mas precisamos de mais...muitos mais.
Toca a colaborar! E entretanto dêem notícias uns aos/dos outros: venham aqui ao blog e "deixem recadinhos". Por exemplo: alguém se lembra do Jorge de Lisboinha?
Abraços da
Comissão Organizadora

domingo, 10 de junho de 2007

Pontapé de saída...



Amigos/as


Tal como combinado, aqui está o blog dos Antigos Alunos do Externato Soares Barbosa.
Acreditamos que se cada um de nós fizer um esforço, conseguiremos organizar e actualizar os ficheiros, de forma a reunir um grande número de pessoas.
Nesse sentido propomos que tentem contactar o maior número possível de colegas que se distanciaram de nós, nos caminhos da vida, mas que continuam na nossa memória.
Divulguem o blog. À medida que nos forem chegando novos contactos, nós procederemos à actualização. Todos os contributos são importantes. Contamos com vocês! Desta forma, talvez consigamos no próximo ano rever e conviver com muito mais gente de quem temos saudades.
As fotografias ao lado são só para "fazer roer de inveja" quem não veio...e para convencer que vale a pena vir! :)
Podem fazer os contactos para o blog(comentário) porque eles serão reencaminhados para o nosso e.mail.


Obrigada.

A Comissão Organizadora