terça-feira, 8 de junho de 2010

Resposta à Raposa



"Estão verdes, não prestam"
diz das uvas a raposa.
Não lhes chega, põe defeitos,
pois não lhe resta outra cousa.


Quem de nós assim se afasta
mas espreita as netjanelas,
não gostou das nossas festas
ou...não teve lugar nelas?


Os "jarretas" dançam, tocam,
acordeão ou trompete.
Ainda não são tão velhos
que só brinquem com a internet.


Inspiração frouxa! É uma crítica?
Venha ela, sim senhor!
Mas só se a voz que a produz
mostrar talento maior.


E convenhamos, meu caro:
não é o caso, pois não?
Porque os seus versos, amigo
querem ser...o que não são!


Os Jarretas


Um comentário:

Anônimo disse...

Modesta contribuição
À desgarrada quis dar
E seguir a tradição
De chegar a provocar.

A quem começou, resposta,
Atempada, achei de dar.
Meu amigo, se não gosta,
Quem o mandou começar?

Ao fazê-lo não esperava
A resposta que ia ter?
Sou bicho de estirpe brava
Não me fará esmorecer.

Pergunta com elitismo:
“ou...não teve lugar nelas?”
Bem demonstra o snobismo
Que existe nestas panelas.

Com que brinquedos eu brinco?
Se danço ou toco instrumento?
Os que nomeia e mais cinco,
Para seu conhecimento.

E condições quer impor
Às criticas que eu fizer!...
Pra apreciar o sabor
Bastante é poder comer.

Que me julguem despeitada
Das uvas que não comi
Merece uma gargalhada...
Espero que se ouça aí.

Talvez os versos que faço
Queiram ser o que não são...
Mas mesmo um candeeiro baço
Faz menor a escuridão.

Raposa